Ela é ídolo de nove em cada 10 adolescentes e todas sabem cantar 'de cor’ suas músicas. Algum tempo atrás, Manu Gavassi era conhecida apenas pelos vídeos de cover que publicava no YouTube. Agora, cinco anos depois de iniciar profissionalmente na música, a cantora está lançando seu segundo disco, ‘Clichê Adolescente’, e dando os primeiros passos na carreira de atriz! E ela já começou com o pé direito: Manu está no elenco da novela das nove da Rede Globo, ‘Em Família’, onde interpreta a personagem Paulinha.
Além de conciliar as duas carreiras, Manu ainda consegue reservar um tempinho para namorar o também ator e cantor Chay Suede, ex-estrela da novelinha ‘Rebelde’ da Record. Em uma conversa por telefone, a cantora e atriz contou ao +Mais como está sendo essa nova fase da sua vida.
A sua vontade de ser atriz já existia antes da carreira musical?
Sim, eu sempre tive vontade. As pessoas não sabem porque eu não falava nas entrevistas, mas meus pais são atores, eles se conheceram em um grupo de teatro. Na verdade, eu sempre gostei de tudo que tinha a ver com arte. E a música deu certo muito cedo na minha vida. Mesmo assim, eu sempre estudei teatro, fiz cursos e sabia que em algum momento eu ia me dedicar a isso. E um ano atrás eu achei que era a hora. Eu já estava há quatro anos com a música e decidi investir na carreira de atriz.
Como surgiu a oportunidade de fazer parte do elenco da novela ‘Em Família’? Foi convite ou foi teste?
Foi teste! Eu fiz três testes e consegui ser aprovada para a novela. Por isso, tem outro gostinho. É uma conquista mesmo. As pessoas acham que caiu do céu e que não tem nada a ver comigo, mas não é assim. Eu precisei correr atrás para conseguir.
Como está sendo conciliar as gravações da novela com a agenda de cantora?
Nem começou direito e já está sendo muito difícil! É uma rotina intensa que eu não conhecia, mas estou adorando tudo! Toda a equipe, estar com pessoas que eu via na tevê desde pequena. Estou amando! Mas, é uma loucura. Eu brinco que agora sou a ‘Miss Ponte Aérea’.
O fato de a sua personagem na novela também ser uma cantora ajuda ou acaba atrapalhando na hora de interpretar?
Ah, eu acho que ajuda. De cara já tenho uma identificação com o personagem. O Ronny (Kriwat) que é o meu par romântico na novela vive um músico e precisou fazer aulas de flauta e tudo mais. Eu pulei essa parte da música! Então, acaba sendo mais fácil.
Você acha que sua música ainda é vista como a mensagem que as adolescentes querem passar?
Acho que sim porque eu sou muito nova ainda. Tenho 21 anos, estou saindo dessa fase da adolescência e o meu público é mais novo, então rola muito essa identificação deles com as músicas. E eu gosto muito disso, de ser lembrada por eles porque eu tenho muito forte a lembrança dos meus ídolos de infância, então é um bem gostoso.
O que mudou na Manu de 16 anos em comparação com a de 21, musicalmente falando?
Musicalmente falando mudou muita coisa, porque agora eu comecei a ouvir coisas que antes não escutava. Antes ouvia só o que era mais segmentado para o público adolescente. Hoje escuto de tudo! Abri muito minha cabeça nesse sentido. E tem aquele amadurecimento natural da idade. Por mais que sejam só cinco anos, são os cinco anos em que tudo muda na nossa vida. Mesmo assim, eu continuo falando sobre o amor e as situações que ele traz. É o que eu gosto e é o que eu sei fazer.
E com relação ao guarda-roupa? Mudou muita coisa?
Eu sempre gostei muito de moda e sempre fui muito criativa. Adorava inventar roupa para ir a escola. Lembro que eu pegava meia-arrastão e colocava no braço, no cabelo (risos). Sempre gostei de ser diferente. Quando a gente é mais nova, é mais desengonçada, não sabe bem o que combina. Hoje eu me sinto muito mais segura na minha pele, muito mais segura com as roupas que eu uso.
Qual a importância do Rick Bonadio na sua carreira?
Foi ele que me “descobriu” e me tirou do YouTube. Quando eu tinha meus 13, 14 anos eu até tinha mandando alguns CDs pra ele, mas foi no YouTube que ele me conheceu e ele foi fundamental. Com ele eu tive meu primeiro contato com essa profissão mesmo. Foi quando eu vi que a música não era mais brincadeira, que era trabalho. E o meu primeiro CD foi total ele! Eu entreguei minhas músicas na mão dele e não fiz mais nada. Estava preocupada em cantar em um estúdio gigante e em passar na matéria de Biologia (risos). Eram essas minhas preocupações na época. Já neste novo disco eu trabalhei em tudo: na gravação, nos arranjos e na produção.
Qual faixa do novo disco é a sua preferida?
São duas! Gosto muito de ‘Meio Sorriso’, que é a mais triste do CD. É muito difícil escrever uma música que fala do que você está sentindo naquele momento e, depois de gravar no CD, ela ainda te trazer o mesmo sentimento. Logo que o Fernando Prado me mandou o arranjo eu chorei, porque era exatamente o que eu senti no momento em que compus a música. A outra é ‘Eu Dou Risada’, que tem um clima diferente e é mais divertida. Consegui escrever uma letra que cutuca e fala mal, mas se um jeito engraçado. A Lily Allen faz isso muito bem. Acho que me inspirei nela um pouquinho.
Este disco carrega referências musicais de muitos artistas ou você nem se preocupou tanto com isso?
Referência é sempre bom, sempre engrandece, tendo a ver com o seu trabalho ou não. Eu estava em uma pegada mais folk, ouvindo muito Bob Dylan, John Mayer, Taylor Swift. Não estava muito na vibe do eletrônico, que é o que estamos ouvindo mais agora. Aí eu decidi arriscar. É sempre um risco fazer o que não está tão em alta, mas eu fui pela minha verdade, pelo que eu queria fazer.
Fonte:clique
Nenhum comentário:
Postar um comentário