Com uma voz doce e músicas marcadas por letras cheias de realismo, a cantora Manu Gavassi já garantiu seu lugar entre as musas teens do momento.
Aos 20 anos, Manu lançou a música Clichê Adolescente, que também dá nome à turnê que ela fará a partir de agosto, e entrou para a lista de canções mais baixadas na internet.
Carismática e muito bem-humorada, Manu falou com o R7 e contou sobre o novo trabalho, o romance com Chay Suede e as dificuldades de morar sozinha.
R7: Você esperava o sucesso de Clichê Adolescente?
Manu Gavassi: Eu não esperava, sinceramente. E o que eu mais gostei foram os comentários que eu recebi no Twitter, no iTunes. Foi uma surpresa, porque eu arrisquei. Fiz uma música completamente folk, que é uma coisa diferente, que eu não estava acostumada a fazer, mas eu fui para um lado que eu não sabia se a galera ia gostar. Gostaram da letra, da melodia, então fiquei muito feliz.
R7: A música vai ganhar um clipe?
Sim, a gente já gravou o clipe. Está ficando incrível. Em, no máximo, uma semana a galera já vai poder ver. Estou muito ansiosa para mostrar o clipe.
R7: O que você prepara para sua nova fase? O CD vai refletir um outro lado seu?
Manu Gavassi: O CD vai ser um pop folk, que é o que eu gosto muito de escutar, sempre escutei. Acho que, às vezes, não dá para forçar a barra no pop, uma coisa que não fique a sua cara. A gente conseguiu um balanço perfeito, tem a minha cara, esse pézinho no folk, mas também tem pop, as melodias são pop. Não é um choque para ninguém. Eu não quis mudar para chocar ninguém. A uma mudança é natural
R7: No que os fãs sentirão essas mudanças?
Manu Gavassi: Não é nada muito drástico. Coisas nos arranjos, que eu participei mais. No primeiro CD, não participei tanto por desinteresse meu mesmo, porque eu não sabia nada, eu nunca tinha entrado num estúdio, nunca tinha produzido nada, nunca tinha gravado. Dessa vez, quis arriscar e participar de tudo e o Rick [Bonadio, produtor musical] tem sido super querido nessa parte. Ele tá me deixando experimentar mesmo. Está me dando muita liberdade para crescer, como pessoa e como profissional.
R7: Você escreve todas as suas letras. Como é o processo de criação? Você senta e só levanta a hora que escrever ou está tomando banho, pensa em alguma coisa e sai correndo atrás de um bloquinho?
Manu Gavassi: [risos] É bem assim mesmo. Não tem hora nem lugar para pensar, a inspiração vem sem avisar. Eu nunca sentei e falei "vou escrever uma música agora" [risos]. Acho que todas as minhas músicas vieram de forma natural. É a única forma que eu funciono. Todas são 100% sinceras.
R7: Como as letras são inspiradas na sua vida e em pessoas que você conhece, já ficou com medo de escrever algo?
Manu Gavassi: Já fiquei. Às vezes, eu escrevo alguma coisa e falo "caramba, será que eu vou ter coragem de mostrar isso?" [risos]. A pessoa vai saber que é sobre ela, né? Vai saber que é para ela e aí é meio mancada [risos].
R7: Alguém já chegou para você e disse "eu sei que essa música é sobre mim"?
Manu Gavassi: Já. Vou te contar que já aconteceu, mas eu não me privo de escrever. É o único jeito que eu sei fazer. As meninas gostam do meu trabalho porque eu falo exatamente o que eu passei, falo o que eu sinto, a minha história e a minha verdade. A gente passa por coisas muito parecidas. Eu até penso "não deveria escrever isso", mas estará tudo no CD [risos].
R7: Em quem você busca inspiração?
Manu Gavassi: Eu busco inspiração em várias coisas e é engraçado falar, porque muitas vezes não tem nada a ver com o som que eu faço. Existe influência que você pega para as músicas, para as melodias, para a sonoridade mesmo, mas existe influência que você pega só para a alma da música. Uma das músicas do CD, que se chama Caminho de Volta, eu estava ouvindo Bob Dylan, a música You Belong To Me, e pensei "É tudo o que eu queria falar. É assim que eu tô me sentindo". Então foi uma música que não tem nada a ver comigo, nada a ver com meu público, que me inspirou a criar. Várias coisas podem inspirar, direta ou indiretamente. Eu gosto muito da Katy Perry, que é completamente pop. Eu gosto da Taylor Swift, porque ela se arrisca, ela era completamente country e agora está misturando pop, folk. Eu tô ouvindo também The Lumineers e Mumford & Sons. Algumas coisas inspiram, mas não necessariamente para fazer algo parecido.
R7: Quando o novo CD será lançado?
Manu Gavassi: Deve sair em junho no Itunes e julho nas lojas. Pode ser que saia um pouco antes. E em agosto já temos o primeiro show da turnê.
R7: Você está morando sozinha. Quem mora sozinho acaba aprendendo algumas coisas, né?
Manu Gavassi: Sim, aprende que não é tão fácil assim [risos].
R7: O que você aprendeu?
Manu Gavassi: É muito engraçado, porque você descobre que se você deixar uma roupa suja em cima da cama, ela não vai simplesmente lavar sozinha e entrar no seu armário dobrada [risos]. Você descobre várias coisas mágicas da vida. Sempre morei com meus pais. Sou muito apegada a minha mãe, a minha irmã, tenho um contato muito legal com meus pais. Acho que saí na hora certa. Tô aprendendo várias coisas. Você aprende na marra.
R7: E por qual motivo você decidiu sair de casa?
Manu Gavassi: Foi um momento interessante pra mim. Quanto mais você trabalha, você percebe que a vida fica muito diferente. Eu sentia que precisava do meu tempo pra ficar sozinha, dos meus horários, meus horários são meio loucos, então eu quis experimentar morar sozinha e ver como é mesmo. É difícil pra caramba, mas eu tô adorando.
R7: Você está namorando o Chay Suede. É mais fácil namorar alguém famoso porque a pessoa entende melhor sua rotina?
Manu Gavassi: Eu acho que entender da sua rotina independe. Uma pessoa que não é desse meio também pode entender. Acho que o legal é que os dois têm a mesma vivência e dividem coisas. Por exemplo, eu e o Chay estamos gravando CD na mesma época, então é engraçado. Um fala "ai, com quem você vai fazer fotos?", "ai, olha essa música minha". Tem uma troca bem legal. Tá tudo perfeito entre nós.
R7: Você pensa em gravar músicas com ele?
Manu Gavassi: A gente fez um pocket show no [restaurante] Paris 6 na total brincadeira, tocando algumas músicas que a gente compôs juntos, que não vão estar em um CD nem no outro. Algumas músicas dele, algumas minhas, mas ficamos superfeliz com o resultado, porque sentimos que as meninas adoraram e nos sentimos superbem fazendo aquilo. Estamos pensando, quem sabe, em gravar um projeto paralelo, mas agora cada um está focado no seu CD [risos]. Temos vontade, sim, porque fazemos músicas juntos, seria bem legal.
Fonte:clique
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